Encontro com o Vinho e os Sabores 2015 (2ª parte)

Prémios Escolha da Imprensa


  

Tal como em 2014, tive oportunidade de assistir, logo no primeiro dia, ao anúncio da Escolha de Imprensa feito pela Revista de Vinhos. Depois pude provar uma parte significativa dos vinhos premiados no espaço reservado para o efeito.

Em primeiro lugar, destaque para os vencedores do Grande Prémio em cada categoria: Murganheira Cuvée Reserva Especial nos espumantes; Muros de Melgaço (Anselmo Mendes) nos brancos; MR Premium (Monte da Ravasqueira) nos rosés; H. O. Grande Escolha (Casa Agrícola Horta Osório) nos tintos; e Vau Porto Vintage (Sogrape) nos licorosos. Os dois primeiros sem surpresa, os restantes algo inesperados.

Houve mais vinhos premiados que em 2014, com algumas boas surpresas, nomeadamente a nível dos rosés, e outras confirmações, como o Villa Oliveira da Casa da Passarela (um repetente), o Paço dos Cunhas de Santar, o Cartuxa Reserva, o Pai Chão da Adega Mayor, o Poliphonia Reserva, o Dona Maria Reserva ou o Quinta da Touriga Chã. O nível dos vinhos escolhidos é elevadíssimo, como seria de esperar, sendo que alguns vinhos são mesmo de encher as medidas.

Não sendo viável provar nem mencionar todos os vinhos, não podemos deixar de destacar mais um conjunto de prémios arrebatados pelos espumantes Murganheira (5 prémios no total entre as marcas Murganheira e Raposeira, e vencedor do Grande Prémio na categoria de espumantes), o aparecimento de novos produtores como o Monte da Serenada, já aqui mencionado com o seu branco Serras de Grândola Edição Especial, e o recuperar de clássicos como a Adega Cooperativa de Cantanhede, com o seu 2221 Terroir de Cantanhede e o Foral de Cantanhede Gold Edition Grande Reserva, depois de em 2014 ter feito furor com o Marquês de Marialva Confirmado de 1991, bem como o Quinta dos Carvalhais Branco Especial, também um repetente.

Novidades foram os tintos da Reserva da Casa Santos Lima, Pinot Noir e Touriga Nacional da DFJ, o Conde d’Ervideira Private Selection, e os brancos Reserva da Quinta das Carejeiras, MR Premium do Monte da Ravasqueira, Mula Velha da Quinta do Gradil e o Viosinho da Adega Mãe.

Verdadeira surpresa para o aparecimento do rosé JP, menos surpresa a presença do Quinta do Poço do Lobo Baga-Pinot Noir, um rosé em grande estilo!

Como o tempo este ano foi escasso, estas duas actividades acabaram por ocupar a maior fatia da minha presença no certame. Dentro do recinto dos expositores fiz o périplo mais ou menos habitual, desta vez prestando menos atenção e dedicando menos tempo às provas nos stands. Dei especial atenção a algumas novidades da Casa da Passarela, um produtor que se afirma cada vez mais com vinhos que representam o verdadeiro carácter do Dão, e o resto foi mais ou menos sortido. Ao fim de tantos anos começa a ser difícil encontrar muitas novidades e dispersar a atenção por tantas marcas.

Para o ano há mais. Na altura se verá como corre.

Kroniketas, enófilo itinerante

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