Bairradão em Lisboa


    
  

Foi em Maio passado no Hotel Real Palácio, e com organização da garrafeira Néctar das Avenidas, à semelhança do que aconteceu há pouco mais de um ano (Março de 2014) com os vinhos das Caves São João (aqui, aqui e aqui), que se realizou o evento Dão e Bairrada em Lisboa, no qual se juntaram produtores daquelas duas regiões vinícolas com alguns dos seus melhores vinhos.

O evento contou com 3 fases: uma primeira de prova livre, denominada Special Time Wine, em que a partir das 17 horas em diferentes horários iam sendo disponibilizados aos visitantes diferentes tipos de vinhos – primeiro espumantes da Bairrada, em seguida Encruzados e Tourigas do Dão, Momentos Especiais com algumas das grandes marcas e finalmente os clássicos da Bairrada (ver a primeira imagem anexa); um jantar com vinhos da Bairrada a partir das 19:30; e um jantar com vinhos do Dão a partir das 21:30. Por questões essencialmente de horário, inscrevi-me no jantar da Bairrada, de modo a poder ir para casa mais cedo, tendo em conta de experiências anteriores o tempo que estes jantares costumam demorar. Quando os comensais abandonaram a sala já passava das 22 horas, enquanto os comensais para o jantar do Dão aguardavam...

Inútil seria tentar enumerar os vinhos provados e destacar alguns, tal era a panóplia disponível. Dirigi-me com especial atenção a alguns dos vinhos que não iriam estar disponíveis no jantar.

Quando finalmente pudemos tomar lugar à mesa, fomo-nos dirigindo aos petiscos disponíveis, em regime de jantar volante (ver ementa na segunda imagem). Nesta altura começaram a desfilar os vinhos do cartaz (ver terceira imagem). Uma autêntica maratona, muitos vinhos para provar, para corredores de fundo. Mesmo controlando o melhor possível as quantidades ingeridas, a certa altura torna-se difícil continuar a apreciar devidamente os vinhos que vão passando pelos copos e manter toda a lucidez...

De qualquer modo, sempre dá para se ir destacando vinhos como o espumante Quinta das Bágeiras Super Reserva, o Caves São Domingos bruto rosé, o Volúpia branco, o Encontro 1 tinto (o branco apresentou-se muito marcado pela madeira), o Vadio tinto, o Casa de Saima Reserva branco, o Frei João Reserva 85 em garrafa magnum e, claro, uma das grandes expectativas da noite, o já famoso Baga Confirmado 1991 da Adega Cooperativa de Cantanhede. Enfim, quase todos excelentes...

No final ainda houve direito a provar o Colheita Tardia Apartado 1 das Caves São João e a aguardente da Quinta das Bágeiras, mas nesta altura já não havia estômago nem palato...

Parabéns à garrafeira Néctar das Avenidas por mais esta organização e aos produtores presentes pelos vinhos apresentados. Obrigado também ao Hotel Real Palácio pelos excelentes acepipes colocados à disposição dos comensais.

Em jeito de balanço, talvez não se justifique um tão elevado número de vinhos em prova no jantar, porque acabamos por nos dispersar em torna-se difícil manter a lucidez. Compreende-se a intenção de alargar o portefólio disponível, mas a quantidade pode ser reduzida sem prejuízo da qualidade.

Até ao próximo evento.

Kroniketas, enófilo empanturrado

Nas fotos (da esquerda e de cima):
3ª foto - Mário Sérgio Nuno (Quinta das Bágeiras)
5ª foto - Osvaldo Amado (Adega Cooperativa de Cantanhede e Dão Sul)
6ª foto - Maria João (Adega Luís Pato)
7ª foto - Paulo Nunes (O Abrigo da Passarela e Casa de Saima)
8ª foto - Célia Alves (Caves São João)

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