No meu copo 450 - Quinta da Alorna, Touriga Nacional rosé 2013; Vallado, Touriga Nacional rosé 2014; Periquita rosé 2013

Fazemos agora uma pequena incursão por um trio de rosés que já visitámos noutras ocasiões. Cada um com o seu perfil, apresentam-se com características bastante diferentes, o que os posiciona também como vocacionados para diferentes ocasiões.

Começamos com um clássico nas nossas provas e que tem merecido quase sempre a nossa preferência entre os rosés nacionais. Trata-se do Quinta da Alorna Touriga Nacional, que tem mantido ao longo dos anos um perfil extremamente agradável e que pode servir de exemplo para o que um rosé deve ser: seco, suave, aromático, frutado, moderadamente alcoólico e mais aberto que concentrado, com aroma predominante a frutos vermelhos, como morangos ou framboesas, e um toque floral típico da casta.

Esta colheita apresentou-se ligeiramente mais adocicada que as anteriores, sem deixar de se mostrar um vinho muito agradável, gastronómico e polivalente, que liga bem com quase tudo. Continua, portanto, a ser uma aposta segura e, como tal, a manter-se assim continuará certamente a merecer a nossa escolha.

Rumamos agora para norte e para um vinho completamente diferente, mas igualmente muito agradável. Em comparação com o Quinta da Alorna, este Vallado, feito igualmente apenas com a Touriga Nacional, confirmou as boas impressões anteriores. Tem um perfil bastante mais leve e mais aberto e com a cor bastante menos carregada, a tender ligeiramente para o salmão.

É proveniente de vinhas situadas na cota mais alta da quinta, permitindo assegurar frescura, acidez e um menor teor alcoólico. É suave, aberto e aromático, sobressaindo mais o floral da casta que neste caso se sobrepõe, quer no aroma quer no paladar, sobre os frutos silvestres e vermelhos, que aparecem mais discretos mas a envolver o conjunto.

Suave, aberto, fresco, elegante e aromático, é um rosé típico para pratos leves e mais vocacionado para os dias quentes, onde fará excelente companhia a uma amena cavaqueira e uma refeição despreocupada. Bebe-se com agrado e facilidade.

Finalmente descemos à Península de Setúbal, onde a José Maria da Fonseca produz o Periquita rosé com um perfil mais adocicado e, porventura, menos gastronómico. É um vinho mais vocacionado para aperitivos, saladas ou pequenos petiscos, o chamado “vinho de esplanada” ou “vinho de piscina”. É suave e macio na boca, mas pouco expressivo de aroma, boca leve e final curto.

Tal como numa prova anterior que tínhamos feito há alguns anos, não encantou nem desencantou. É o que é, e não se pode esperar mais.

Kroniketas, enófilo esclarecido


Vinho: Quinta da Alorna, Touriga Nacional 2013 (R)
Região: Tejo (Almeirim)
Produtor: Quinta da Alorna Vinhos
Grau alcoólico: 12,5%
Casta: Touriga Nacional
Preço em feira de vinhos: 4,75 €
Nota (0 a 10): 8

Vinho: Vallado, Touriga Nacional 2014 (R)
Região: Douro
Produtor: Quinta do Vallado
Grau alcoólico: 13%
Casta: Touriga Nacional
Preço em feira de vinhos: 5,75 €
Nota (0 a 10): 8

Vinho: Periquita 2013 (R)
Região: Península de Setúbal
Produtor: José Maria da Fonseca Vinhos
Grau alcoólico: 12%
Castas: Castelão, Aragonês, Trincadeira
Preço em feira de vinhos: 3,83 €
Nota (0 a 10): 6,5

Comentários

Rui Oliveira disse…
O rosé da quinta da alorna que é dos meus favoritos encontra-se neste momento no intermaché a 2,79€ o que faz dele uma compra obrigatória ...
Krónikas Tugas disse…
De acordo. Para mim é uma compra SEMPRE obrigatória. :-)