Encontro com o Vinho e os Sabores 2014 (1ª parte)

Prémios Escolha da Imprensa


  
 

Mais um ano, mais um encontro. Desta vez tive a possibilidade de me deslocar 3 dias consecutivos ao Encontro com o Vinho e os Sabores e ainda, pela primeira vez, assistir a algumas actividades paralelas. E assim me desloquei ao Centro de Congressos de Lisboa na 6ª feira, sábado e domingo (dias 7, 8 e 9), repartindo provas e eventos pelos 3 dias.

Na 6ª feira comecei por assistir ao anúncio dos prémios “Escolha da Imprensa”, onde foram anunciados 47 vinhos premiados por um painel de 25 provadores que escolheram aqueles que consideraram os melhores nas categorias espumante, branco, rosé, tinto e fortificado. Um painel de excelência que no sábado estaria à prova para os jornalistas e bloggers, passando depois a estar disponível para o público em geral (lista dos vinhos premiados na última foto).

Foi por aqui que comecei a minha presença na tarde de sábado, tendo a possibilidade de provar uma parte significativa dos vinhos presentes. Destaque para alguns brancos muito interessantes, com muita frescura e acidez, como o Caladessa, o Terra de Alter, o Paulo Laureano Reserve, o Curtimenta de Anselmo Mendes e, claro, o magnífico Condessa de Santar, para além de um Quinta dos Carvalhais Especial, com uma mistura de 3 colheitas diferentes (2003, 2004 e 2005) que deu um vinho misterioso e complexo, parecendo ter ainda muito tempo para evoluir.

Nos rosés, a categoria menos premiada, achei interessante sobretudo o Bombeira do Guadiana, uma novidade vinda de Mértola que mostrou frescura e aroma floral, sem qualquer sinal enjoativo como acontece com alguns rosés “modernos”, e o Covela, um rosé leve e fresco proveniente da região dos Vinhos Verdes.

Nos tintos, claro, estiveram os pesos pesados, com destaque para os grandiosos Palácio da Bacalhôa e Antónia Adelaide Ferreira, dois vinhos de enorme gabarito expostos lado a lado, bem secundados, entre outros, pelo excelente Marquês de Marialva Confirmado 1991, a expressar a grandiosidade dos vinhos velhos da Bairrada, o Herdade das Servas Reserva, com grande concentração e pujança e a prometer grande longevidade tal como o T da Quinta da Terrugem, o nosso muito amado Reguengos Garrafeira dos Sócios, finalmente a ver reconhecida a sua qualidade dentro de portas, e o Villa Oliveira a expressar toda a elegância e profundidade aromática do Dão. Muito curioso igualmente o 1836, da Companhia das Lezírias, com grande concentração aromática. Passei pelo Quinta de Foz de Arouce 2009, mas como o tinha provado há pouco tempo já não era novidade.

Muito interessante o painel de espumantes, com 7 prémios para as Caves Murganheira, repartidos entre 5 vinhos com a marca da casa e 2 da Raposeira, além de 2 das Caves Aliança.

Nos portos, uma palavra especial para um Niepoort, um Moscatel Roxo da Bacalhôa e o Porto Ferreira Vintage. E com este painel quase que ficava a feira feita...

Kroniketas, enófilo itinerante

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