No meu copo 310 - Campolargo, Pinot Noir rosé 2011

Cada vez mais os vinhos rosados estão na moda. Um pouco à semelhança dos espumantes, de norte a sul tem-se assistido à proliferação deste tipo de vinho, que a pouco e pouco vai ganhando o seu espaço entre os brancos e os tintos graças à sua versatilidade que lhe permite, muitas vezes, substituir qualquer um dos outros conjugando as vantagens de ambos. Não disponho de números, mas estou em crer que uma parte muito significativa dos produtores nacionais de vinho (já serão mais de 50%?) já tem pelo menos um vinho rosé no seu portefólio. Sem embargo desta nova realidade, a aquisição de vinhos rosados não é muito fácil em determinadas superfícies. Custa a compreender como é que nos grandes supermercados dificilmente se encontra mais de 10 referências...

Desde os mais leves, pouco alcoólicos e desmaiados, cor de salmão, aos mais robustos, muito alcoólicos, pesados e quase tintos, encontra-se um pouco de tudo, sendo que quase sempre é no meio que está a virtude, e neste caso concreto dos rosés não se trata apenas duma frase feita, mas sim duma forte convicção formada e consolidada ao longo das muitas provas realizadas.

Este vinho rosé, sob a batuta de Carlos Campolargo, insere-se na galeria dos primeiros. Feito exclusivamente a partir de Pinot Noir, já de si uma casta que dá origem a tintos leves e pouco carregados na cor, resultou num rosé muito aberto e quase descolorido, leve e fresco, ligeiramente floral no aroma, o que aliado a um grau alcoólico excepcionalmente baixo nos tempos que correm faz dele uma companhia adequada para petiscos leves.

O típico “vinho de esplanada”, vocacionado para as tardes de Verão. O próprio rótulo, com o desenho dum veleiro vogando ao sabor do vento, apela aos fins de tarde de veraneio.

Kroniketas, enófilo esclarecido

Vinho: Campolargo, Pinot Noir 2011 (R)
Região: Bairrada
Produtor: Manuel dos Santos Campolargo, Herdeiros
Grau alcoólico: 11,5%
Casta: Pinot Noir
Preço com a revista de vinhos: 6,00 €
Nota (0 a 10): 7,5

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