Continuando na senda de alguns vinhos brancos provados no final de ano, falamos agora de dois que serão certamente dos melhores do país: um do norte e um do sul, um verde e um alentejano, um Alvarinho e um Verdelho, um da casta minhota já disseminada por boa parte do país, outro da casta madeirense que se vem tornando omnipresente na metade mais a sul.
Em comum entre estes dois vinhos temos a sua elevada qualidade, que os guinda a um patamar certamente no topo dos brancos nacionais, o que dá um bom retrato da subida qualidade que se tem verificado nos vinhos brancos portugueses há alguns anos.
Beber este Palácio da Brejoeira lembra-me quase a mesma sensação que tive quando provei champanhe (francês, entenda-se) pela primeira vez. Tal como na comparação com todos os outros tipos de espumantes, em comparação com outros vinhos verdes e mesmo com outros Alvarinhos este Palácio da Brejoeira mostra que as características essenciais estão todas lá: boa intensidade aromática com alguma predominância a frutos tropicais como é típico da casta, bom corpo e suavidade, mas tal como os champanhes, este parece ter qualquer coisa a mais em relação aos seus pares: uma finesse, uma elegância distinta que o tornam um caso à parte. Na boca é de uma elegância notável e percebe-se assim que seja um dos mais caros dentro do género. Muito, muito bom, um vinho para ocasiões especiais.
Outro caso à parte é o branco monocasta do Esporão, um Verdelho em pleno Alentejo. Descobrimo-lo aquando duma incursão à Herdade do Esporão que fizemos em quarteto para um fantástico almoço no restaurante da herdade, e logo ali nos encantou pelo aroma exuberante a citrinos e frutos tropicais, pela frescura e persistência na boca, tudo muito bem equilibrado a fazer dele um vinho guloso que dá prazer a beber desde o primeiro momento. O mais notável neste vinho é a sua frescura e suavidade, aparentemente impossível num vinho da planície, que o faz parecer um vinho de altitude. Mais uma vez um óptimo exemplo da excelência da viticultura e da enologia daquela herdade, sem dúvida um modelo para outros seguirem, e a confirmar a máxima, que há muito seguimos, de que tudo o que sai dali é bem feito.
Para mim, estes serão porventura dois dos melhores vinhos brancos nacionais.
Kroniketas, enófilo esclarecido
Vinho: Palácio da Brejoeira, Alvarinho 2010 (B)
Região: Vinhos Verdes (Monção)
Produtor: Palácio da Brejoeira Viticultores
Grau alcoólico: 13%
Casta: Alvarinho
Preço em feira de vinhos: 13,98 €
Nota (0 a 10): 9
Vinho: Esporão, Verdelho 2011 (B)
Região: Alentejo (Reguengos)
Produtor: Esporão
Grau alcoólico: 13,5%
Casta: Verdelho
Preço em feira de vinhos: 7,99 €
Nota (0 a 10): 9
Em comum entre estes dois vinhos temos a sua elevada qualidade, que os guinda a um patamar certamente no topo dos brancos nacionais, o que dá um bom retrato da subida qualidade que se tem verificado nos vinhos brancos portugueses há alguns anos.
Beber este Palácio da Brejoeira lembra-me quase a mesma sensação que tive quando provei champanhe (francês, entenda-se) pela primeira vez. Tal como na comparação com todos os outros tipos de espumantes, em comparação com outros vinhos verdes e mesmo com outros Alvarinhos este Palácio da Brejoeira mostra que as características essenciais estão todas lá: boa intensidade aromática com alguma predominância a frutos tropicais como é típico da casta, bom corpo e suavidade, mas tal como os champanhes, este parece ter qualquer coisa a mais em relação aos seus pares: uma finesse, uma elegância distinta que o tornam um caso à parte. Na boca é de uma elegância notável e percebe-se assim que seja um dos mais caros dentro do género. Muito, muito bom, um vinho para ocasiões especiais.
Outro caso à parte é o branco monocasta do Esporão, um Verdelho em pleno Alentejo. Descobrimo-lo aquando duma incursão à Herdade do Esporão que fizemos em quarteto para um fantástico almoço no restaurante da herdade, e logo ali nos encantou pelo aroma exuberante a citrinos e frutos tropicais, pela frescura e persistência na boca, tudo muito bem equilibrado a fazer dele um vinho guloso que dá prazer a beber desde o primeiro momento. O mais notável neste vinho é a sua frescura e suavidade, aparentemente impossível num vinho da planície, que o faz parecer um vinho de altitude. Mais uma vez um óptimo exemplo da excelência da viticultura e da enologia daquela herdade, sem dúvida um modelo para outros seguirem, e a confirmar a máxima, que há muito seguimos, de que tudo o que sai dali é bem feito.
Para mim, estes serão porventura dois dos melhores vinhos brancos nacionais.
Kroniketas, enófilo esclarecido
Vinho: Palácio da Brejoeira, Alvarinho 2010 (B)
Região: Vinhos Verdes (Monção)
Produtor: Palácio da Brejoeira Viticultores
Grau alcoólico: 13%
Casta: Alvarinho
Preço em feira de vinhos: 13,98 €
Nota (0 a 10): 9
Vinho: Esporão, Verdelho 2011 (B)
Região: Alentejo (Reguengos)
Produtor: Esporão
Grau alcoólico: 13,5%
Casta: Verdelho
Preço em feira de vinhos: 7,99 €
Nota (0 a 10): 9
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