À volta dos vinhos italianos com Vítor Siborro



No passado sábado as Krónikas Viníkolas, acompanhadas pela presença sempre agradável do Polis&Etc, deslocaram-se ao Corte Inglés de Lisboa para conhecer alguns vinhos italianos apresentados por Vítor Siborro, da Semidivinus, com quem a Revista de Vinhos apresentou uma reportagem no número do passado mês de Março. Tivemos oportunidade de entrar na enorme garrafeira do Club del Gourmet e verificámos que só numa visita mais demorada poderemos fazer um apanhado da vasta oferta disponível e fazer o balanço do nível de preços existentes com a qualidade apresentada.

O anfitrião teve a amabilidade de nos apresentar e dar a provar 2 brancos e 5 tintos por si seleccionados e que serão representativos dum nível de qualidade superior nos vinhos italianos.

Sem entrar em grandes considerandos acerca de cada um dos vinhos provados, pudemos verificar que há muito mais para além do que se encontra normalmente nos hipermercados a preços mais acessíveis. Num patamar de preços elevado encontrámos vinhos de excelente qualidade, fugindo àquele perfil habitual dos vinhos italianos muito abertos e pouco encorpados, fazendo lembrar, alguns deles, os nossos vinhos do Douro. Foi curioso registar que quase todos os vinhos provados eram compostos por castas estrangeiras, como o Cabernet Sauvignon e o Merlot, no caso dos tintos, e o Chardonnay, no caso dos brancos.

Quando passámos às castas tipicamente italianas, como a Sangiovese, voltámos a encontrar os vinhos mais abertos e suaves, embora com bastante mais estrutura que o habitual. Também os brancos apresentaram um Chardonnay bem mais agradável que os portugueses e um Traminer (parente do Gewurztraminer) bastante aromático e adequado para entradas leves ou mesmo sobremesas.

Pelo meio ainda apareceu o nosso comparsa Chapim com a sua respectiva, que nos reconheceu na hora e com quem ainda trocámos dois dedos de conversa sobre o tema líquido em questão, com a promessa de não faltar aos futuros encontros que se hão-de seguir aos da York House e do Porto. E no fim comprámos uma garrafa, para recordação (espera-se que por pouco tempo), de Brunello di Montalcino 2000 (La Fuga) pela “módica” quantia de 42,50 €. Entre os provados, foi um dos que mais agradaram e que mais promete. E depois, um dia não são dias...

tuguinho e Kroniketas, enófilos e tudo

Vinhos provados (pela mesma ordem nas fotos)

Brancos
Caparzo - Le Grance 2002 (75% Chardonnay, Sauvignon e Traminer)
Cabreo - La Pietra 2004 (Chardonnay)

Tintos
Maurizio Zanella 2001 (45% Cabernet Sauvignon, 30% Cabernet Franc, 25% Merlot)
Campo Al Mare - Bolgheri 2004 (60% Merlot, 20% Cabernet Sauvignon, 20% Cabernet Franc)
Cabreo - Il Borgo 2001 (70% Sangiovese, 30% Cabernet Sauvignon)
La Fuga - Brunello di Montalcino 2000 (Sangiovese Grosso)
La Casa - Brunello di Montalcino 2000 (Sangiovese Grosso)

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